segunda-feira, 7 de março de 2016

Palavras

Palavras... Houve um tempo em que eu acreditava nelas.
Palavras que alegram, que nos trazem felicidade, que nos dão esperança.
Que nos deixam na expectativa de um novo horizonte, que nos prendem a atenção.
Que são cheias, outras nem tanto.
Que iludem, que ferem, que perfuram nossas almas.
Não sei exatamente se devo voltar a acreditar nelas, mas a única certeza que tenho é que Quem inspira e guia minha vida e meu ser não são meras palavras jogadas ao vento como essas tantas que já ouvi, continuo ouvindo e continuarei a ouvir.
Mas o que me direciona e me dá uma nova chance todos os dias para levantar e continuar a labutar é a Palavra...
Nesta continuarei a acreditar, e por quanto tempo?
Posso afirmar: Por todo o meu viver.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Como Criança

Senhor meu Deus,
Quantas vezes de joelhos me prostrei,
E em seus braços como criança eu chorei, esperando ouvir apenas tua voz;
Senhor meu Deus,
Eu sei que agora o mar está bravio, mas creio que as águas se acalmarão,
Por que por elas tu vens em minha direção,
Para acalmar meu coração.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Quão Pequeno Sou

Julgo-me miserável! De amor, simplicidade e caridade. Sou um ser humano em contínua construção!
Vejo-me como um símplice pecador em busca de algo que satisfaça meu viver,
Meu sentido, meu rumo e minha maneira de ser.
Posso não ser o melhor ser humano desta Terra... Ah, que pretensão! Por certo, não sou e jamais serei!
Se alguém nesta vida insiste em ser o melhor, pobre alma, dos males lhe restará o pior.
No ressoar das cordas de um violão, nas teclas alvinegras do piano, posso ouvir na doce melodia de uma canção, o Seu lindo e sublime amor!
Na música, na Terra e em tudo o que há, o Seu amor, ali também está!
O sentido que eu tanto ansiava, meu coração a palpitar encontrou,
Minha vida, meu ser, o meu serviço e viver, estou a Lhe entregar para os frutos produzir, tão puros e verdadeiros como as águas de um rio a fluir.
Como posso julgar-me superior à algo ou alguém? Nem na Terra, muito menos no além!
Dos seres humanos sou o menor, tão pequeno, tão minúsculo, sou como um cisco de pó.
Mesmo eu sendo um mísero ser humano, minha esperança está Naquele que tremendo É, maior que a Terra, o Sol e as estrelas,
Maior que o universo... Ele é o Infinito, o que não se pode medir...
Ah, quão pequeno sou, na imensidão do Seu amor!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Sublime Amor

Por toda minha vida não imaginei que pudesse existir um amor tão grande assim...
Nunca imaginei que alguma vez eu pudesse senti-lo... Pois quando o senti tive uma única certeza: Sim, Ele existe, e ultrapassa qualquer razão que o mundo poderia inventar.
Passei por esta incrível experiência, de poder provar deste amor,
Tão sublime, tão perfeito, que algo diferente aconteceu aqui, dentro do peito.
Muitas vezes eu pensei: Por quê demorei tanto tempo para provar um pouco desse amor?
Por tanto tempo, vivi esta dor: A falta deste incrível e sublime amor!
Mas hoje sei, que não importa o tempo ou a distância, a altura e nem a profundidade,
O que realmente importa é a Verdade, a incrível Verdade deste amor, que ultrapassa a ciência e tudo o que há, somente para nos salvar!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Não Julgue Impuro o que Deus Purificou

*Texto bíblico base: Atos dos Apóstolos, capítulo 11, versos de 1 à 18.

Em uma ocasião, disse Charles Spurgeon: “Tenho pregado o Evangelho de Cristo, por muitos anos, e jamais conheci alguém que, tenha confiado em Cristo e pedido perdão pelos seus pecados e Ele o tenha lançado fora; Nunca me encontrei com um só homem que tivesse sido recusado por Jesus; Tenho conversado com mulheres às quais Ele restituiu a pureza primitiva; com bêbados a quem Ele livrou dos hábitos vis e com outros culpados de horríveis pecados, que se tornaram puros como criança. Sempre ouço a mesma história: "Busquei o Senhor e Ele me ouviu; lavou-me no seu sangue e estou mais branco do que a neve".

O texto bíblico que acabamos de ler, Pedro se justifica por ter batizado Cornélio e por estar pregando a Palavra de Deus para os gentios, quando subia para Jerusalém. Esta perícope traz como ideia central a discriminação e o preconceito referente à conversão dos gentios, no caso, sobre o batismo do centurião. Os que eram da circuncisão questionaram a Pedro em relação a este fato, pois Cornélio era gentio, e consequentemente incircunciso. Pedro, responde a esses questionamentos relatando a visão que teve, onde o Senhor mandou-o matar animais para comer, e assim saciar a sua fome. Porém, Pedro se nega e resiste a Deus, dizendo que não colocaria algo comum ou impuro em sua boca. Entretanto, Deus o adverte: “Não chame de impuro o que Eu, o Senhor, purifiquei!”.

O livro dos Atos dos Apóstolos é sempre atual. Dessa forma, como nós, a Igreja de Cristo e futuros pastores e pastoras, estamos lidando com o nosso próximo? Como estamos lidando com os chamados “incircuncisos”?

Deus utiliza a visão para ensinar a Pedro, quando estava com fome, que:

Nenhum ser humano é comum ou imundo: Com a revelação da cruz ficamos sabendo que o Cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo, como está escrito em João 1: 29; O Cordeiro levou sobre si a iniquidade de todos e todas (Is 53: 4 a 6). A manifestação de Cristo, sua morte e ressurreição, nos trouxe paz e santificação eterna diante de Deus (Rm 4: 25, Rm 5: 1, Hb 13: 20). Por causa da Cruz não há mais o ministério da morte e condenação, o Velho Testamento foi abolido em Cristo, pois Cristo é o fim da Lei (2 Co 3:6 a 14, Rm 10: 4). E se não há mais Lei, também não há mais transgressão como quebra da Lei. Ninguém mais deve acusar seu próximo de pecador, impuro, pois tudo é lícito e assim não há proibição de nada (1 Co 6: 12), porém, nem tudo nos convém. Pedro, de acordo com o livro de Atos, não tinha esse entendimento quando Deus lhe mandou pregar para o centurião Cornélio, que era gentio. Pedro ainda estava preso à interpretação judaica, de que os Judeus eram puros e outros povos imundos, todavia, Deus mostrou para esse apóstolo que todos os seres humanos são especiais e santos perante Deus, ou seja, não são comuns: “E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem devo chamar comum ou imundo; (Atos 10: 28)”.

Todos e todas merecem conhecer e viver o Evangelho que salva e restaura, pois:

Deus não faz acepção de pessoas: O ser humano tende a se alto promover por suas origens culturais ou por seus méritos e qualidades que lhe são atribuídas. No entanto, em vez de colocar a Cristo como sendo seu mentor e como seu ajudador ele se alto promove para conseguir seus objetivos. E sua religião como um pedestal para subir à custa dos outros, como os judeus no texto lido. Não há razão para ostentar orgulho como eles, que se orgulhavam de sua nacionalidade, da Lei e da circuncisão. Os gentios eram insolentes, arrogantes e gabavam-se de coisas como poderio militar ou suas filosofias. Os cristãos, por sua vez, não têm do que se orgulhar, pois a fé por meio da qual somos justificados não está baseada em méritos.  Além disso, a fé em Cristo está disponível a todos. Cornélio, sendo gentio, deixou o orgulho de lado, e rendeu-se a Cristo, para segui-lo e obter sua redenção.

Assim como Deus fez com que Pedro sentisse fome, assim Ele também nos faz sentir “fome” pela:

Salvação de todos os seres humanos: É correto dizer que “todos os seres humanos sejam salvos”, porque sabemos que ninguém salva a si mesmo. Temos que ter uma disposição para com todos os seres humanos, que é também a disposição de Deus. Mas sabemos que nem todos os humanos serão salvos e este conhecimento pode nos levar a tratar a alguns com menor atenção do que outros, ou limitar a pregação do Evangelho apenas àqueles que “achamos” que serão salvos ou salvas, o que é um erro muito grave. Deus não limitou seu Evangelho: Ele é proclamado em todos os lugares, apesar de nem sempre encontrar ouvidos receptivos. Então Deus realmente está colocando a salvação à disposição de todos e todas, e essa também deve ser à disposição do coração de todo aquele que crê: interceder por todos os homens, mulheres, crianças, idosos... O assunto desta prédica não são os conselhos eternos de Deus, a eleição ou predestinação, ou aqueles que o Pai dá ao Filho para que sejam salvos. O assunto é a disposição para com todos os homens em graça, algo que é compatível com o amor de Deus (que não precisava salvar ninguém, mas quis fazê-lo) e deve ser também com o amor que devemos demonstrar para com todos os humanos. Deus fez a obra, enviou Jesus Cristo para morrer, ressuscitou-O dentre os mortos e abriu as inscrições para o céu. No que diz respeito ao Evangelho, a porta está aberta para todos e todas, porque Cristo morreu pela humanidade, mas apenas serão salvos, aqueles cujas iniquidades Cristo levou sobre Si. “Jesus Cristo morreu por todos e todas!” (2Co 5:15).

Para concluir, Pedro mostrou aos Judeus, através de sua visão dada por Deus que, mesmo Cornélio sendo gentio, ele teve o direito de se converter a Cristo e de ser batizado, pois a partir deste momento, foi purificado por Deus. Como pastores e pastoras, temos como tarefa, acolher a todos e todas, não importando sua raça, cultura, etnia, sexo... Mas o que realmente deve ser feito, é que amemos nosso próximo como Jesus nos ensinou, e saber, que a salvação é para toda a humanidade. Que Deus vos abençoe.